31.12.14
23.12.14
17.12.14
Às vezes tem de ser
- Capitão, não devíamos dizer-lhes que o barco não tem combustível?
- Nah... É sorrir e acenar, rapazes, sorrir e acenar!
Madagáscar I, 2005.
16.12.14
Muita rede, pouco peixe.
"Porque cada um sofre com a
ideia de desaparecer num universo indiferente, sem ser ouvido nem visto,
e por essa razão quer, enquanto pode, transformar-se no seu próprio
universo de palavras.
Quando
um dia (muito em breve) todos os homens acordarem escritores, terá
chegado o tempo da surdez e da incompreensão universais."
O Livro do Riso e do Esquecimento, Milan Kundera.
15.12.14
10.12.14
Amarelo(s)
Noite Estrelada Sobre o Reno, V. Van Gogh (1888). |
"O Dr. Rey disse-me que, em vez de comer bastante e com regularidade, eu me mantinha principalmente de café e álcool. Confesso tudo isso, mas a verdade é que, para alcançar aquele tom amarelo, precisei de recorrer um pouco a isso".
Excerto de carta escrita por V. Van Gogh ao irmão, Théo, a 24 de Março de 1889.
9.12.14
8.12.14
Antes de me instalar frente à secretária abri a janela orientada a
poente, na esperança de que a luz cortante do final de tarde afilasse o
contorno dos objectos e facultasse o contraste essencial entre a poeira
errante e a nuvem disforme dos meus pensamentos soltos. Com um movimento
rápido afastei tudo o que cobria a superfície da mesa e sobre ela
dispus três folhas brancas, perfeitamente limpas, lado a
lado, conformando uma fina linha de distância entre si. Depois
sentei-me, fitando-as.
E fiquei.
Quedei-me imóvel a mirá-las até a luz
fraquejar, as cigarras cessarem o seu serrar fino e a brisa cálida ceder
espaço ao exaltar da pele. Fechei a janela. Esperei mais um pouco. O
branco da folhas esmoreceu e desistiu, a poeira solta pousou sobre elas,
adormecendo, e até mesmo a nuvem amorfa de pensamentos se ausentou.
Fui embora, fechando a porta atrás de mim.
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